Foto: Cecília Bastos / USP Imagens
Pós-Graduação priorizará avaliação e acolhimento dos alunos
Por Erika Yamamoto - Editorias: Institucional, Sala de Imprensa
“Nos últimos dois anos, priorizamos as ações para melhorar a qualidade dos nossos programas de pós-graduação, apoiar a formação didático-pedagógica e incentivar a internacionalização. Nossa proposta para essa gestão é, além de manter e aprimorar essas iniciativas, promover ações voltadas à qualidade de vida dos nossos alunos”, explicou o pró-reitor de Pós-Graduação, Carlos Gilberto Carlotti Júnior.
Carlotti e o pró-reitor adjunto Márcio de Castro Silva Filho foram reconduzidos para o segundo mandato, após aprovação na sessão do Conselho Universitário, realizada no dia 13 de março.
Entre as iniciativas desenvolvidas recentemente destacadas pelo pró-reitor estão os cursos de Introdução à Pós-Graduação, aberto aos alunos ingressantes, e o de Formação Didático-Pedagógica, voltado para o aluno já em formação. As ações voltadas para a internacionalização – como a adoção do Graduate Record Examination (GRE) como forma de admissão, e o programa USP Capes, que fomenta a vinda de pesquisadores estrangeiros para lecionarem na Universidade por trinta meses – também devem ser ampliadas, assim como as disciplinas ministradas em outros idiomas.
“No semestre passado, tivemos mais de 120 disciplinas lecionadas em inglês, o que significa um grande avanço. Queremos manter essa média e também ampliar para outros idiomas, como o francês e o espanhol. Tão importante quanto atrair alunos estrangeiros é criar na Universidade um ambiente internacional, em que o aluno brasileiro possa se habituar a utilizar o idioma estrangeiro”, explica o pró-reitor.
Avaliação interna
A qualidade dos programas de pós-graduação tem sido a grande preocupação da Universidade nos últimos anos. Segundo Carlotti, a Pró-Reitoria trabalha com duas ferramentas para aprimorar a avaliação interna dos seus programas. A primeira é o WeR_USP, um sistema de informações que utiliza indicadores quantitativos semelhantes aos adotados pela Capes e serve de apoio tanto para a Pró-Reitoria de Pós-Graduação quanto para a Pró-Reitoria de Pesquisa.
A outra ferramenta, ainda em fase de desenvolvimento, tem abordagem mais qualitativa e é constituída por questionários em que o docente informa quais foram os trabalhos mais relevantes publicados por seus orientandos nos últimos anos. Carlotti reforça que “as duas ferramentas são complementares e fundamentais para melhorar a qualidade dos nossos programas, porque só conhecendo-os bem podemos tomar ações para melhorá-los”.
A Pró-Reitoria também implantará, a partir do primeiro semestre de 2019, uma avaliação sistemática de seus programas, que será realizada a cada quatro anos, intercalados com a avaliação quadrienal da Capes. De acordo com o pró-reitor, “a ideia é que a avaliação interna possa revelar o que cada programa está produzindo e quais as correções que precisam ser feitas para colaborar para a formação do aluno e melhorar a produção, antes de sermos avaliados pela Capes. Dessa forma, teremos, então, uma avaliação a cada dois anos”.
Apoio aos alunos
Outro aspecto que ganhará ênfase nesta gestão é a preocupação com a qualidade de vida do aluno de pós-graduação. “Habitualmente, nós nos preocupamos com a formação do aluno, com os trabalhos que ele publica e com os rumos de sua carreira, mas damos pouca atenção à sua qualidade de vida, o que pode gerar problemas que vão desde uma queda no seu rendimento até distúrbios graves de comportamento”, explica Carlotti.
Nesse sentido, a Pró-Reitoria participará ativamente do Escritório de Acolhimento aos Alunos – iniciativa que está sendo desenvolvida pela Reitoria para dar assistência social e psicológica aos estudantes – além de promover atividades esportivas e culturais voltadas exclusivamente para a pós-graduação. “A ideia é aumentar a interação fora do ambiente do laboratório e mostrar ao aluno que a USP também é um local de convivência”, afirma o pró-reitor.
Carlotti revela que a Pró-Reitoria está em contato com as duas Escolas de Educação Física e Esporte (a da capital e a de Ribeirão Preto) para montar um programa de atividade física adequado ao perfil do estudante de pós-graduação, torneios e eventos realizados no final de semana. Também enviará semanalmente por e-mail a programação das atividades culturais oferecidas pela Universidade e desenvolverá, em parceria com a Escola de Comunicações e Artes (ECA) e com a Pró-Reitoria de Cultura e Extensão Universitária, atividades específicas como coral e grupos de teatro.
Quem é
É médico formado pela Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP) da USP, onde realizou residência médica em Neurocirurgia, mestrado e doutorado. Fez estágio no Hospital Foch, em Paris, e pós-doutorado no The Arthur and Sonia Labatt Brain Tumour Research Centre, em Toronto.
Desde 1996, atua como docente na FMRP, onde foi diretor no período de 2013 a 2016. Naquela unidade, também foi coordenador do Programa de Pós-Graduação em Clínica Cirúrgica e presidente da Comissão de Pós-Graduação. Na pesquisa, suas áreas de interesse são Cirurgia de Epilepsia de Difícil Controle e a Cirurgia dos Tumores do Sistema Nervoso Central.
Reprodução: Jornal da USP